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Slavery in Brazil
A Escravidão no Brasil

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Brasil e Estados Unidos Início >> Fundamentos Históricos >> O Período Colonial >> A Escravidão no Brasil
 

One of the major issues in Brazil's history revolved around the question of slavery, which began during the colonial period, probably in 1532, and lasted until 1888. The slaves came from different African regions. Most slaves came from the Yoruba nation, today's Nigeria and Benin; many others came from Angola.

Slaves represented a variety of different cultures and societies. Most were followers of traditional African religions, but some were Muslim. Regardless of their background, slaves crossed the Atlantic under very harsh conditions. They were held in brutally crowded conditions and many died during the trip.

Slaves who survived most often arrived in Brazil through the ports of Rio de Janeiro, Salvador, Recife, and São Luís and were sold throughout the country. At first they worked in the sugar fields in the northeast; later, in the gold and diamond mines and coffee plantations in the east and southeast.

There have been several attempts to calculate the number of African slaves that entered Brazil. It has been estimated that from the sixteenth to the nineteenth centuries, a total of 3.6 million African slaves were brought to Brazil. By the middle of the seventeenth century, it was said that the slave population in Brazil was more numerous than the free population.

 

Uma das grandes questões da história do Brasil foi a da escravatura que, iniciada nos alvores da colonização, provavelmente em 1532, estendeu-se até 1888. São três séculos e meio de escravidão, condição na qual o negro desempenhou importante papel tanto na fase colonial quanto depois da Independência, no desenvolvimento econômico do Brasil.

Os negros, comprados aos sobas da África, atravessavam o Atlântico em terríveis condições, comprimidos em embarcações denominadas "navios negreiros", "funileiros" ou "tumbeiros".

Vinham de diferentes regiões da África: da costa ocidental, de Cabo Verde ao Cabo da Boa Esperança; da costa oriental, de Moçambique, também das regiões do interior do continente. Daí o fato de se encontrarem em diferentes estágios de civilização. O grande grupo dos sudaneses, compostos pelos iorubas ou nagôs, os jejes e os minas, bem como o grupo berbere-etiópico, com os fulas e os mandês, estavam num estágio mais avançado de civilização; os sudaneses islamizados eram os mais adiantados e foram os que vieram a liderar movimentos de rebelião e formação de quilombos. O grupo de cultura banto, de que faziam parte os angolas, os congos ou cabindas, os benguelas e os moçambiques, eram mais atrasados, encontrando-se ainda na fase do fetichismo, com sistema de propriedade coletiva e organização familiar rudimentar. Os escravos africanos entravam no país principalmente através dos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís.

Desses portos, eram espalhados por todo o país. Chegados ao porto da destinação, os negros eram armazenados em um barracão à espera de que fossem vendidos.

Quantos escravos africanos teriam entrado no Brasil, do século XVI ao século XIX? Há várias hipóteses para estabelecer esse cálculo. Afonso d'Escragnolle Taunay (1876-1958) calcula um total de 3.600.000 escravos africanos desembarcados no Brasil. O historiador discrimina essas entradas por século:

100.000 no século XVI
600.000 no século XVII
1.300.000 no século XVIII
1.600.000 no século XIX

Segundo estimativas da época, nos meados do século XVII a população escrava no Brasil já superava a população livre.

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Nègre and nègresse dans une plantation [Black woman and black man on a plantation / Negro e negra em uma plantação], from Voyage pittoresque dans le Brésil [A picturesque trip to Brazil / Viagem pitoresca através do Brasil], Johann Moritz Rugendas, 1835. National Library of Brazil. Iconography Division. / Fundação Biblioteca Nacional. Divisão de Iconografia.

Many slaves worked on plantations, as shown in this stylized lithograph by Rugendas.

Muitos escravos trabalharam em plantações, como mostra esta litografia estilizada de Rugendas.

Mariage de nègres d’une maison riche [and] Convoi funèbre de nègrillons [Marriage of slave belonging to a rich household and Funeral procession of blacks / Casamento de negros de uma casa rica e Procissão fúnebre de negros], from Voyage pittoresque et historique au Brésil [A picturesque and historical trip to Brazil / Viagem pitoresca e histórica ao Brasil], Jean Baptiste Debret, 1834. Library of Congress. Prints and Photographs Division. / Biblioteca do Congresso. Divisão de Estampas e Fotografias.

The French artist Debret depicted slave life in Brazil.

O artista francês Debret retratou a vida escrava no Brasil.

Nègres cangueiros [and] Différentes nations nègres [Slaves carrying a heavy load and Black people from different nations / Cangueiros negros e Negros de diferentes nações], from Voyage pittoresque et historique au Brésil [A picturesque and historical trip to Brazil / Viagem pitoresca e histórica ao Brasil], Jean Baptiste Debret, 1834. Library of Congress. Prints and Photographs Division. / Biblioteca do Congresso. Divisão de Estampas e Fotografias.

Slaves were responsible for transporting heavy goods and wore padded and ornamented necklaces to protect their shoulders. Payment for their labor went to their owners. Tattoos and elaborate hair designs, the latter the creation of street barbers, distinguished different slave groups.

Escravos, responsáveis pelo transporte de bens pesados, tinham corpos fortes e bem estruturados. Eles vestiam muitos ornamentos coloridos, em especial um colar acolchoado útil para proteger seus ombros da presão das varas. Em geral, eles eram pagos por seus trabalhos, mas o dinheiro ia para seus donos.Tatuagem e cortes de cabelos ornamentais eram usados para distinguir os diferentes grupos étnicos. Barbeiros ambulantes faziam os cortes com desenhos sofisticados.

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[Slaves: two men making baskets / Escravos: dois homens fazendo cesto], Christiano Junior, [18?]. National Library of Brazil. Iconography Division. / Fundação Biblioteca Nacional. Divisão de Iconografia.

Basket production had a major role in Brazilian slave life. Baskets were used to carry many kinds of loads, so slaves brought baskets when they sought work in the streets, although the money that they earned had to be given in part or wholly to their owners.

A produção de cestas tinha uma função muito importante nas vidas dos escravos. Com diferentes cargas nas cestas, elas eram levadas de um lado para o outro. Os escravos iam para a rua, com as cestas a procura de trabalho. O dinheiro que ganhavam era entregue total ou parcialmente para seus donos.

Seller of prints [Vendedora de gravuras], from Vistas e costumes da Bahia [Views and custums from Bahia], Maria Callcott, 1848. National Library of Brazil. Iconography Division. / Fundação Biblioteca Nacional. Divisão de Iconografia.

African customs persisted among Brazilian slaves and their descendants, as can be seen in this illustration of a street vendor who carries both her baby and her burden in a traditionally African manner.

Costumes africanos persistiam entre os escravos brasileiros e seus decendentes, como pode ser visto nesta ilustração de uma vendedora de rua carregando sua criança de maneira tradicionalmente africana.